A primavera veio e com ela veio também o meu maior sonho. Sonho que finalmente se tornou real. Conturbado no início, confuso, trazendo junto consigo sentimentos dolorosos e tristes, mas que aos poucos, estavam sendo supridos com a alegria do sonho realizado. Quando tudo parece estar se encaixando, quando nós dois finalmente parecíamos nos entender e conviver em harmonia, o verão chega e leva você pra longe. Você precisa ir, mas vai sem mim. Vai pra logo logo voltar. Só que agora eu tenho medo. Medo de que tudo mude. Medo de não nos acostumarmos mais. Medo da sua tristeza, causa consequente da minha. Medo de tantas coisas. É, eu sou mesmo uma mulher medrosa. Se você vier diferente, se você se arrepender? Não sei... Só sei que, essa manhã, inesperadamente não acordei com a alegria nos olhos que eu tanto esperava. Eu não me acostumei a ficar sem você durante esse tempo, só me conformei. Eu não sei mais se o que você realmente queria era vir ou ficar. Vir pra sempre ou ficar pra sempre. Abrir mão de todos por mim é a maior prova de amor que alguém poderia me oferecer. Mas se isso não te deixa feliz por completo, então de que adianta a prova de amor? Sensações e sentimentos confusos, que já estavam adormecidos, voltam. E um estranho pressentimento de que as coisas não vão mais ficar tão tranquilas como antes, volta também.
19 dezembro, 2011
24 outubro, 2010
Palavrões, música e etc.
Ai. Era pra eu estar feliz e estonteante hoje. Mas acordei irritada pra burro, com vontade de mandar todo mundo se foder, com dor de coluna, irritada porque não sou um mulherão, sem paciência pras teorias mirabolantes e um pouco cômicas de minha mãe, sem saco pras reclamações previsíveis do meu pai, sem vontade de cumprir obrigações sociais de bom comportamento, sem vontade de esperar sessenta e cinco dias pra viajar, sem inteligência pra lezr a bosta do livro de sociologia que é uma merda, sem criatividade pra responder o questionário que aquela professora filhadaputa passou sobre o filme, sem paciência pra perceber que estou atolada e fodida de tantos trabalhos idiotas de filosofia e sociologia que não vão me levar a lugar algum no curso de Direito que tô fazendo. Sabe o que eu queria? Queria estar sozinha, em um lugar que não precisasse chover pra ficar frio, tomando um capuccino caprichado ao mesmo tempo em que Los Hermanos estivesse tocando pra mim, só pra mim.
23 outubro, 2010
Complicadas demais?
"As mulheres, são tão complicadas..."
Frases assim, ouvimos várias vezes em nossas vidas. Não vou negar, temos a mania de complicar bastante as coisas. Mas daí vem nossa virtude: ao complicarmos, nos tornamos previsíveis. Mas eu, como mulher, me pergunto se somos tão ridiculamente neuróticas assim e se 'complicar tudo' é realmente um dos nossos grandes defeitos. Os homens, com sua simplicidade, de certa forma nos conquistam. E nos acostumamos com o jeito relaxado e um tanto irresponsável que só eles têm. Para nós, seria tão mais simples se naqueles dias em que estamos insuportavelmente irritadas, quando aparecemos inesperadamente tristes, quando suspiramos pelos cantos, quando sonhamos acordadas, quando perguntamos coisas sem sentido esperando respostas que quase nunca são dadas da maneira esperada, 'ele' entendesse que tudo isso, todas essas complicações femininas se resumem a um só querer: ser amadas a todo custo. Queremos declarações, queremos romantismo. Queremos rosas, elogios. Queremos que ele repare a unha que a gente pintou especialmente pra ficar bonita pra ele. E aquela maquiagem que te deixou mais sexy? Foi pra ele que você fez. Mas ele nem se toca! Tá, ele até diz que você tá linda mas, nem repara os detalhes. Ontem, ao conversar com uma amiga, ela me disse uma coisa interessante sobre os homens. "O homem, por sempre facilitar tudo, acaba se complicando mais ainda. Eles falam que nós somos complexas demais mas... Fala sério! Quem consegue entender o que se passa na cabeça deles? A gente tantas e tantas vezes tenta mostrar, direta ou indiretamente, aquilo que estamos sentindo e eles nem percebem... Ah, mas sabe por que isso acontece Thay? Eles não têm o costume de parar pra prestar atenção". Me dei conta de que morrerei não entendendo a forma de pensar dos homens.
O mundo que você me deu.

26 setembro, 2010
Rotina quebrada.
Sentimento estranho. Algumas coisas com relação ao meu sentir, mudaram. Te admiro, te quero, mas ao mesmo tempo não. Como se eu estivesse enfadada de tudo, do sempre. Sempre esperar as mesmas reações, as mesmas manias, as mesmas brigas, os mesmos motivos, as mesmas palavras. Sempre. É, acho que realmente ando cansada do sempre e das mesmices. Queria algo diferente, queria atitudes diferentes e inesperadas. Preciso me surpreender como há muito tempo não me surpreendo. Não está bastando pra mim o comum, a rotina, o de sempre. Eu quero a novidade! A novidade nas tuas novas palavras e reações. Teus novos pontos de vista, imprevisíveis. Quero me sentir desejada, quero o teu interesse. Quero atenção. Quero que me entendas sem que eu precise te dizer uma só palavra. "Apenas com os pensamentos", como costumávamos dizer. Brincar de telepatia. Ando me sentindo como uma mulher casada que cansou da rotina. Preciso de novidade, por favor, me veja, me sinta. Sinta o que sinto e compreenda. Atenda ao meu singelo desejo do novo, do incomum, do imprevisível. Eu já não aguento mais ser sempre paciente. Eu já não aguento mais compreender. E não quero mais fingir.
16 setembro, 2010
Mártir.
Finjo não sentir nada e estar totalmente isenta da dor. Finjo não perceber o quão idiota eu venho sendo esses dias só pra não doer mais cada vez em que paro pra pensar em vocês dois. Seu abraço nela, o quão forte foi? E o seu sorriso pra ela? Seus rostos, se estavam perto demais ou não. Cansada de não poder não imaginar os assuntos, os gestos, os olhares e sorrisos que provavelmente foram trocados. Cansada de sentir raiva, sentir ciúme e não querer admitir nem pra mim mesma. Cansada de não querer mais essa amizade e acabar, dessa forma, sofrendo e me intrometendo em sua vida. E ao mesmo tempo cansada de ver que você não vai desistir dela nunca, nem que eu me oponha, nem que eu te coloque em cima do muro. E, com isso, me sentir menos importante. Cansada por ter esperado que você, ainda que eu o tenha deixado livre, abrisse mão daqueles dias só pra não ver minha dor. Cansada de ter me decepcionado comigo mesma, por ter pensado que isso seria o melhor pra você e, consequentemente, pra mim também. Por ter esquecido de mim e agora, perceber que nem mesmo você se lembrou de mim. Não ao pé da letra, mas sinto-me dessa maneira. Cansada de lembrar que, por você, já abri mão de amizades e perceber que nem ao menos tenho forças pra impor isso à você, mesmo que você não seja tolo como fui. Por mais que eu te sinta aqui, que eu sinta que você tá querendo suprir a minha dor com atenção, não me sinto satisfeita. Como se tudo e todas as tuas atitudes para comigo agora, fossem apenas por piedade, pena de uma pobre coitada que sofre. Ingratidão minha, pois, mesmo que seja este o real motivo, tenho que ao menos me contentar com as palavras ditas a mim agora. Palavras que pra você, talvez estejam me ajudando, mas que para mim são apenas palavras, pois o que sinto parece não ter fim. E agora, pra completar minha dor como o 'toque final', vejo fotos do momento vivido entre os dois. Como posso estar bem, assim? Como posso te encarar agora, se sei que não conseguirei disfaçar. Se sei que, mesmo pondo a máscara do bem-estar, ela cairá. Por que você tem a capacidade de enxergar meus sentimentos, se estou bem ou não, mas não tem a total capacidade pra entendê-los? Condeno-me a dor que me foi deixada como brinde por mais uma atitude egoísta de ter esquecido completamente de mim e ter pensado totalmente em você.
07 setembro, 2010
Sal na pele.
Chorando o gelo que você me deu. Achando que você já me esqueceu. Não sei se foi você ou se fui eu, menina. Eu tô ficando com uma sensação que eu fui a pista e você o avião. Você o trem e eu a estação, menina. Eu lembro beijos, blues e poesia. O sal na pele e você me lambia e eu dizia 'Baby, I love you'. Eu lembro a cara que você fazia, eu lembro dia e noite, noite e dia. Você dizia 'Baby, I love you'. Tô na Bahia e tô sentindo frio. Praia tá cheia e em mim tudo vazio. Quebrei a corda, eu tô por um fio, menina. Eu te procuro até não poder mais. Na internet, bares, nos jornais. Trombar você é o que eu quero mais, menina. Beijos, blues e poesia - ksis
Quem ama, cuida.

13 junho, 2010
Lembranças.

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