26 setembro, 2010

Rotina quebrada.

Sentimento estranho. Algumas coisas com relação ao meu sentir, mudaram. Te admiro, te quero, mas ao mesmo tempo não. Como se eu estivesse enfadada de tudo, do sempre. Sempre esperar as mesmas reações, as mesmas manias, as mesmas brigas, os mesmos motivos, as mesmas palavras. Sempre. É, acho que realmente ando cansada do sempre e das mesmices. Queria algo diferente, queria atitudes diferentes e inesperadas. Preciso me surpreender como há muito tempo não me surpreendo. Não está bastando pra mim o comum, a rotina, o de sempre. Eu quero a novidade! A novidade nas tuas novas palavras e reações. Teus novos pontos de vista, imprevisíveis. Quero me sentir desejada, quero o teu interesse. Quero atenção. Quero que me entendas sem que eu precise te dizer uma só palavra. "Apenas com os pensamentos", como costumávamos dizer. Brincar de telepatia. Ando me sentindo como uma mulher casada que cansou da rotina. Preciso de novidade, por favor, me veja, me sinta. Sinta o que sinto e compreenda. Atenda ao meu singelo desejo do novo, do incomum, do imprevisível. Eu já não aguento mais ser sempre paciente. Eu já não aguento mais compreender. E não quero mais fingir.

16 setembro, 2010

Mártir.

Finjo não sentir nada e estar totalmente isenta da dor. Finjo não perceber o quão idiota eu venho sendo esses dias só pra não doer mais cada vez em que paro pra pensar em vocês dois. Seu abraço nela, o quão forte foi? E o seu sorriso pra ela? Seus rostos, se estavam perto demais ou não. Cansada de não poder não imaginar os assuntos, os gestos, os olhares e sorrisos que provavelmente foram trocados. Cansada de sentir raiva, sentir ciúme e não querer admitir nem pra mim mesma. Cansada de não querer mais essa amizade e acabar, dessa forma, sofrendo e me intrometendo em sua vida. E ao mesmo tempo cansada de ver que você não vai desistir dela nunca, nem que eu me oponha, nem que eu te coloque em cima do muro. E, com isso, me sentir menos importante. Cansada por ter esperado que você, ainda que eu o tenha deixado livre, abrisse mão daqueles dias só pra não ver minha dor. Cansada de ter me decepcionado comigo mesma, por ter pensado que isso seria o melhor pra você e, consequentemente, pra mim também. Por ter esquecido de mim e agora, perceber que nem mesmo você se lembrou de mim. Não ao pé da letra, mas sinto-me dessa maneira. Cansada de lembrar que, por você, já abri mão de amizades e perceber que nem ao menos tenho forças pra impor isso à você, mesmo que você não seja tolo como fui. Por mais que eu te sinta aqui, que eu sinta que você tá querendo suprir a minha dor com atenção, não me sinto satisfeita. Como se tudo e todas as tuas atitudes para comigo agora, fossem apenas por piedade, pena de uma pobre coitada que sofre. Ingratidão minha, pois, mesmo que seja este o real motivo, tenho que ao menos me contentar com as palavras ditas a mim agora. Palavras que pra você, talvez estejam me ajudando, mas que para mim são apenas palavras, pois o que sinto parece não ter fim. E agora, pra completar minha dor como o 'toque final', vejo fotos do momento vivido entre os dois. Como posso estar bem, assim? Como posso te encarar agora, se sei que não conseguirei disfaçar. Se sei que, mesmo pondo a máscara do bem-estar, ela cairá. Por que você tem a capacidade de enxergar meus sentimentos, se estou bem ou não, mas não tem a total capacidade pra entendê-los? Condeno-me a dor que me foi deixada como brinde por mais uma atitude egoísta de ter esquecido completamente de mim e ter pensado totalmente em você.

07 setembro, 2010

Sal na pele.

Chorando o gelo que você me deu. Achando que você já me esqueceu. Não sei se foi você ou se fui eu, menina. Eu tô ficando com uma sensação que eu fui a pista e você o avião. Você o trem e eu a estação, menina. Eu lembro beijos, blues e poesia. O sal na pele e você me lambia e eu dizia 'Baby, I love you'. Eu lembro a cara que você fazia, eu lembro dia e noite, noite e dia. Você dizia 'Baby, I love you'. Tô na Bahia e tô sentindo frio. Praia tá cheia e em mim tudo vazio. Quebrei a corda, eu tô por um fio, menina. Eu te procuro até não poder mais. Na internet, bares, nos jornais. Trombar você é o que eu quero mais, menina. Beijos, blues e poesia - ksis

Quem ama, cuida.

Às vezes a gente precisa dar um tempo. Correr pra longe de todo mundo, pra ver quem vai correr atrás da gente. Não é que eu seja assim, tão ingrata. Mas eu realmente preciso começar a me amar. Eu preciso perceber que, se por um motivo qualquer, você me deixar, você que perde. Perde tudo. Não eu. Eu não quero nem posso mais me preocupar com isso. Eu tô te sufocando dessa forma. Então, eu simplesmente te deixarei respirar e agir da maneira que quiser. Vou observar suas reações e seus passos. Se você realmente me dá o valor que eu preciso ter, você vai perceber.